sexta-feira, 12 de março de 2010



“Toda recuperação do passado pretende dizer algo sobre o presente”

E não há melhor ponto de partida para relembrarmos o que significa ter inscrito nos anais de nossa história personagens como Tereza de Calcutá, Zuzu Angel e outras muitas, mulheres que nos porões da senzala ou da ditadura, na janela da Casa Grande ou nos Gabinetes de Quartel, nos ensinam uma lição sobre a vida, mulheres iguais a tantas outras cujos nomes não serão vistos em livros, milhares de “Marias da Penha”, Marias de Souza, Marias da Silva, Joanas, são rostos sem nome marcados de sofrimento.

E em cada canto deste imenso Brasil, é preciso recuperar o passado para falar do presente, é preciso desvelar os rostos escondidos nas soleiras das janeiras, é preciso mergulhar num oceano de história para entender uma gota do profundo significado dessa força chamada mulher, que não é mais um gênero, uma condição social, não uma página da história de uma nação, é a caneta tinteiro com a qual foi escrita e é mão que escreveu os capítulos mais sórdidos e mais covardes, representando quase sempre o papel de coadjuvante e ganhando a cena para alterar de maneira majestosa os finais dos grandes espetáculos da humanidade, sejam eles dramas ou comédias.

São operárias, são donas de casa, médicas, enfermeiras, faxineiras, trabalhadoras cuja força de trabalho é ainda aviltada sob o manto do preconceito, mas são acima de tudo e orgulhosamente mulheres.

Muitos mais que um dia para homenageá-las

É dia de recuperar o passado para falar do presente e do futuro, um futuro que irrevogavelmente terá as marcas da força e da convicção feminina, diante de cada absurdo contemplado, diante de cada novo desafio aparentemente intransponível! Acreditem! Elas sempre chegam lá!

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